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15 de dezembro de 2012

Assaltaram a Gramática - Os Paralamas do Sucesso


Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)



29 de novembro de 2012

Hasta que te conocí - Maná

La más nueva canción de la banda mexicana Maná.

Hasta que te conocí


El video oficial:



El video con la letra

Natassia

24 de novembro de 2012

Aos 89, Lygia Fagundes Telles diz que escreve todo dia



É quinta-feira, passa um pouco das seis horas da tarde e imortais da Academia Paulista de Letras estão reunidos para o seu chá semanal no Largo do Arouche, região central de São Paulo. Na ponta da grande mesa do salão onde são feitas as refeições, a escritora Lygia Fagundes Telles belisca acepipes e discute o atual estado das coisas com colegas de imortalidade como a autora Anna Maria Martins, o maestro Júlio Medaglia e o médico Raul Cutait.
“Está aumentando enormemente o número de drogados, de cocainômanos. É uma fuga da realidade”, lamenta. “Precisamos de creches, o Chalita vai resolver isso”, diz, indicando a sua preferência eleitoral. Espera-se, aliás, que ela não seja tão fã do escritor como do candidato, que parece entusiasmá-la.
É preciso dizer, num aparte, que a conversa fez uma grande curva até chegar aí. A partir de uma pergunta da reportagem, interessada em saber se a APL tinha algum projeto para promover a profissionalização da atividade de escritor, os imortais passaram a falar da proposta que levou alguns deles a dar palestras em escolas da rede pública, e daí à situação difícil da periferia e, depois, ao estado social e cultural do país.
“O que me dói é que na lista dos livros mais vendidos não tem um brasileiro”, continuou Lygia, que se absteve de fazer comentários quando disseram que Paulo Coelho estava lá.
Aos 89 anos, frequentar a APL não é a única ação ligada à literatura feita por Lygia, imortal também pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A escritora, que não lança um livro inédito há cinco anos, diz que segue escrevendo diariamente. Sobre um possível novo livro, porém, faz suspense. Podem vir contos? “Quem sabe um romance”, responde, evasiva.
Fonte próxima a ela, no entanto, acredita que não se verá um inédito de Lygia. Procurada, a Companhia das Letras, que adquiriu o passe da escritora em 2008 e vem republicando toda a sua obra, diz que não há nenhum projeto em discussão com a editora. O último título inédito de Lygia foi a reunião de contos Conspiração de Nuvens, lançada pela Rocco em 2007.
Maria Carolina Maia

Fonte: Entrevista para Revista Veja 01.09.12

14 de outubro de 2012

Qual a origem da Língua Portuguesa?

O português é resultado da transformação do latim vulgar (uma das variantes da língua romana) e do galego (falado na província da Galícia - hoje em território espanhol). Essas línguas sofreram muitas transformações ao longo do tempo, e só no século 13 foi publicado um texto mais próximo do que hoje consideramos a língua portuguesa (leia mais sobre essa evolução abaixo). O idioma falado no Brasil sofreu ainda várias influências, como as dos povos africanos e indígenas.

Para poder ler com conforto, clique na imagem

Fonte: Revista Nova Escola

O bota abaixo e a Revolta da Vacina


Rua do Mercado: exemplo de uma das estreitas vias
do Rio de Janeiro que resistiu ao "bota abaixo"
No início do século passado, a então capital federal, cidade do Rio de Janeiro, ainda apresentava características urbanas do período colonial. O centro era repleto de vielas e pequenas ruas, por onde escoava a produção nacional de café em direção ao porto e por onde deveria circular a mercadoria que chegava pelo mesmo. As ruas eram estreitas, nelas não seria possível passar um carro, andavam somente pessoas, carroças, carrinhos de mão. Esta formação urbana era consequência do crescimento desordenado da cidade.
Em 1763, o Rio de Janeiro tornou-se a capital da colônia. Em 1808, a família real chegou ao país junto da corte portuguesa. Foram aumentos populacionais significativos muito rapidamente. Ao mesmo tempo, milhares de desfavorecidos procuravam a cidade em busca de oportunidades. No início do século XX, suapopulação era de mais de 500 mil habitantes.
Exemplo de cortiço
Essa população mais pobre habitava justamente o centro da cidade. Suas moradias eram os antigos casarões, onde diversas famílias viviam juntas em situação de penúria e de pouca qualidade de vida. Estes prédios eram conhecidos como cortiços. Tal realidade está retratada no livro “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo, lançado no fim do século XIX. Essa obra descreve a vida num destes lugares, não sem escorregar numa perspectiva preconceituosa: a de que o meio determina o comportamento humano. Assim, as pessoas que ali habitavam eram corrompidas pelo meio. Ou seja: os mais pobres tinham hábitos que poderiam desvirtuar os demais, como é o caso de Jerônimo, um português trabalhador que, ao chegar ao cortiço, transforma-se num malandro; ou de Pombinha, que era uma moça rica, pudica e mimada, perde seu pai, vai morar no cortiço e, ao fim, acaba se prostituindo.
O Rio de Janeiro ainda era um “antro” de doenças tropicais, como a febre amarela e a varíola. Acreditava-se que a acumulação de pessoas em espaços reduzidos era a causa dessas doenças. Os miseráveis do centro do Rio de Janeiro eram considerados culpados pelas autoridades de espalhar as enfermidades, de disseminar a violência e o banditismo. As elites acreditavam que eles deveriam ser retirados da região, para transformá-la numa região “limpa”, ou seja, própria para a burguesia local.
Quem colocou esse plano em prática foram o prefeito do Rio de Janeiro, Pereira Passos, e o presidente da República, Rodrigues Alves, a partir de 1901. A ideia era simples: derrubar os velhos casarões que serviam de cortiço, retirar os mais pobres, considerados pelas elites como “classes perigosas” do centro da cidade e abrir largas avenidas, dando fim às ruelas e pequenas vias do período colonial. Lembram de “O Cortiço”? Pois bem, a visão das elites da época era exatamente essa: a população mais necessitada era perigosa, composta de meliantes e, afinal, “o meio corrompe”. O objetivo ainda era possibilitar a circulação de pessoas e dificultar a formação de barricadas por parte da população mais pobre. A política de derrubar as velhas construções da capital federal foi conhecido popularmente como “bota abaixo”.
Pereira Passos
Rodrigues Alves

A ação baseou-se nas práticas do prefeito de Paris, Eugene Haussmann, trinta anos atrás. Na sua gestão, ele remodelou a capital francesa, pondo fim às antigas e estreitas ruas, palcos da Comuna de Paris, e das trincheiras montadas pelos populares, abrindo largos bulevares. Pereira Passos morava em Paris na época e viu esse processo de perto. Mas para onde essa população expulsa do centro da cidade foi? Alguns bairros mais periféricos já eram habitados pela classe média da época. A solução foi construir barracos nos abundantes morros, dando origem às atuais favelas. Como se vê, o problema é antigo, causado pelas próprias autoridades cariocas.
As demolições começaram em fevereiro de 1904. Em novembro do mesmo ano, foi imposta a vacinação obrigatória contra a varíola. Era o estopim: a maioria do povo pertencente à classe menos favorecida se revoltou contra a determinação. Em geral, os agentes da vacinação eram truculentos, invadindo as residências e aplicando as vacinas muitas vezes a força. Várias ruas da cidade foram tomadas pelos amotinados. Foi o movimento conhecido como Revolta da Vacina. Claro que foi massacrado pela repressão do governo de Rodrigues Alves.
Bonde virado por
amotinados durante
a Revolta da Vacina
A rigor foi uma rebelião contra os excessos cometidos pelas autoridades contra uma população carente e necessitada. Por muitos anos, ao invés de auxílio, essa população só ganhou reprimendas e se viu prejudicada. A vacina foi somente a gota d’água, a causa imediata da revolta.

Bibliografia:
BENCHIMOL, Jaime. “Reforma urbana e Revolta da Vacina na cidade do Rio de Janeiro”. in: FERREIRA, Jorge. e DELGADO, Lucília de Almeida Neves. O Brasil Republicano. Vol.1 O tempo do liberalismo excludente. Da proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2003.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: mentes insanas em corpos rebeldes. São Paulo, Ed. Scipione, 1997.


Fonte: Blog História é vida


P.S.: A atual novela das 18h, da Globo, Lado a Lado, tem a história ambientada neste período (primeira década do séc. XX) 

1 mês sem postar


Desculpem, gente. É que o semestre tá pegando fogo....


....sem tempo....

....nem ideias para postar.

16 de setembro de 2012

Gonzaga: de pai para filho

Mais um ícone da música brasileira vai ser homenageado pela produção nacional. Gonzaga - De Pai para Filho, além de contar a história do Rei do Baião, retrata ainda a relação conturbada com seu filho, Gonzaguinha. Ou seja, homenagem dupla.

O filme de Breno Silveira também vai tratar do preconceito racial e social que Luiz Gonzaga sofreu na adolescência e durante o período de ascensão no cenário musical brasileiro. Outro tema de destaque é o conflito de gerações e a forma mais harmônica de resolvê-los: a música.

No dia 27 de junho  foi liberado um vídeo sobre a importância de Gonzagão para as festividades juninas e mais fotos de cenas inéditas foram publicadas na fan page do filme. Confira algumas abaixo:




Adélio Lima, Chambinho do Acordeon e Land Vieira interpretam Luiz Gonzaga em diferentes fases, enquanto Gonzaguinha será vivido por Júlio Andrade, Giancarlo di Tomazzio e Alison Santos.

O vídeo promocional, também liberado este mês, faz um belo apanhado de momentos importantes na carreira do músico, embalado pelas deliciosas Asa Branca e A Vida do Viajante. Se o longa seguir o caminho de 2 Filhos do Francisco, a bilheteria promete ser generosa e a emoção vai tomar conta do público brasileiro.



Fuente: Cinemáticos

15 de setembro de 2012

Jamás se te olviden tus raíces

Latinoamérica – Maná

Alerta esto es un llamado
Es valiosa su atención
Estan discriminando latinos
No me parece que tienen razón

Somos gente que nunca se raja
Ante cualquier situación
Vamos a mostrar quienes somos con coraje y valor

No vamos, no vamos
A quejarnos jamás

Latino tu, latino yo
La misma sangre y corazón
Esto es mi Latinoamérica
Hay que luchar Latinoamérica

Y si nos quieren marginar
Nunca nos vamos a dejar
Sólo existe una América
Hay que soñar, Latinoamérica

Si no aprendemos de nuestra historia
No habrá forma de progresar
Cometeremos los mismos errores
Atrasados nos vamos a quedar
Ahora es nuestro momento
De brillar como el Sol
Tenemos todo para hacerlo
Con cojones, dignidad y valor

No vamos, no vamos
A quejarnos jamás

Latino tu, latino yo
La misma sangre y corazón
Esto es mi Latinoamérica
Hay que luchar Latinoamérica

Y si nos quieren marginar
Nunca nos vamos a dejar
Sólo existe una América
Hay que soñar, Latinoamérica

Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces

Latino tu, latino yo
La misma sangre y corazón
Esto es mi Latinoamérica
Hay que luchar Latinoamérica

Y si nos quieren marginar
Nunca nos vamos a dejar
Sólo existe una América
Hay que soñar, Latinoamérica

Jamás se te olviden tus raíces
Jamás jamás nunca más
Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces
Jamás se te olviden tus raíces




Fuente: Letras Terra

4 de setembro de 2012

Clarice Lispector e "A paixão segundo GH"





Clarice Lispector é caso único na literatura brasileira. Nascida em 1920, em Tchetchelnik, Ucrânia, e falecida em 1977, no Rio, é o exemplo maior do chamado romance existencial ou introspectivo. A sua bibliografia, acompanhada cronologicamente, prepara pouco a pouco o leitor para o tumultuoso romance que publicaria em 1964. 

Seu primeiro livro, Perto do Coração Selvagem, escrito em 1943, foi recusado pela editora José Olympio, mas acabou sendo publicado no ano seguinte pela A Noite. O crítico Álvaro Lins considerou a obra "dentro do espírito e da técnica de Joyce e Virginia Woolf". O reconhecimento literário se efetivou com A Maçã no Escuro (1961). Outros romances ainda teriam boa receptividade, como Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres (1969) e o célebre A Hora da Estrela (1977), cuja protagonista, a nordestina Macabéa, se tornaria personagem antológica. 

Em A Paixão Segundo G.H., o enredo trata de uma mulher, identificada apenas pelas iniciais G.H., que - depois de demitir a empregada e tentar limpar o quarto desta - relata a perda da individualidade após ter esmagado uma barata na porta de um guarda-roupa. 
No dia seguinte, ela narra a própria impotência de descrever o episódio. A história se organiza em capítulos de seqüência sistemática - cada um começa com a mesma frase que serve de fechamento ao anterior. A interrupção, assim, é elemento de continuidade, numa representação simbólica do que é a experiência de G.H. 

Assim como em outras obras de Clarice, em A Paixão Segundo G.H. os fluxos de consciência permeiam o livro. Espécie de romance-enigma, fornece o lugar de sujeito à linguagem, que constrói ao redor de si um labirinto cuja saída está na essência do ser: trata-se de um longo monólogo em primeira pessoa, que se dá pelo que a professora Emília Amaral, autora de um estudo sobre o livro, chamou de "jorro turbilhante e ininterrupto de linguagem". Um paradoxo, como muitos dos que permeiam a obra da escritora: as palavras são, ao mesmo tempo, o que afasta o ser de sua essência, mas, ao mesmo tempo, constitui a chave para atingi-la. Segundo a professora da USP Nádia Gotlib, "é o exercício de linguagem como instrumento possível de se tocar no ponto que não é tocável, de se atingir o segredo: desenterrar o pior e o melhor de nossa condição humana, que já não é nem mais humana". Assim, a literatura de Clarice assume uma estatura filosófica, aproximando-se, na visão de alguns, do existencialismo de Jean-Paul Sartre. Diz a epígrafe da obra, de Bernard Berenson: "Uma vida plena pode ser aquela que alcance uma identificação tão completa com o não-eu que não haja nenhum eu para morrer". 

Sem nome, G.H. identifica-se com todos os seres. Sua experiência, para o professor Benedito Nunes, é multívoca. Entre suas vias possíveis está a mística, aberta a múltiplos temas, como a linguagem e a arte, que se fundem na busca espiritual. 
O momento maior de revelação se dá na cena mais famosa do romance. A barata, após perder sua casca, expele a secreção branca que aparece como sua última essência. G.H., então, a come. Estaria aí a renúncia que a personagem faz a seu próprio ser como linguagem, que, logo após o ato, entrega-se ao silêncio. 

Trechos do livro: 

"De nascer até morrer é o que eu me chamo de humana, e nunca propriamente morrerei. Mas esta não é a eternidade, é a danação. Como é luxuoso este silêncio. É acumulado de séculos. É um silêncio de barata que olha." 

"Pois o que realmente eu soube é que chegara o momento não só de ter entendido que eu não devia mais transcender, mas chegara o instante de realmente não transcender mais. E de ter já o que anteriormente eu pensava que devia ser para amanhã." 

"A desistência é uma revelação. Desisto, e terei sido a pessoa humana - e só no pior da minha condição que esta é assumida como meu destino." 

"Enquanto escrever e falar vou ter que fingir que alguém está segurando a minha mão. Oh, pelo menos no começo, só no começo. Logo que puder dispensá-la irei sozinha. Por enquanto preciso segurar esta tua mão - mesmo que não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca." 

"Um passo antes do clímax, um passo antes da revolução, um passo antes do que se chama amor. Um passo antes de minha vida - que, por uma espécie de forte ímã ao contrário, eu não transformava em vida; e também por uma vontade de ordem. Há um mau-gosto na desordem de viver." 

"Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela."

Fonte: Educar para crescer



Para ter acesso a mais trechos do livro, clique aqui

31 de agosto de 2012

Futuro Reprovado

No dia 20 de agosto o programa CQC da Rede Bandeirantes veiculou um Proteste Já que fizeram na cidade de Miguel Alves no Piauí.

A matéria mostrava a situação das escolas na cidade que simboliza um pouco como anda a educação no nosso país.

Se você não assistiu, dá uma olhada:



Muita gente viu essa matéria, inclusive o senador Cristovam Buarque que escreveu um texto para o Blog do Noblat.


Vale a pena ler o texto abaixo extraído do blog:

Futuro reprovado

O Brasil foi reprovado no vestibular para o futuro. Porque o futuro tem a cara de sua escola no presente.

Nas últimas séries do nosso Ensino Fundamental, as escolas públicas, onde estuda a maior parte de nossos alunos, a média do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – foi de 3,9. As escolas particulares foram aprovadas, mas com a sofrível nota 6. A média ponderada pelo número de alunos é de 4,1, envolvendo 1,8 milhões de alunos nas particulares, com a média 6,0, e 12,4 milhões de alunos, nas públicas, com média 3,9.

No Ensino Médio, a média ponderada, incluindo as particulares é de 3,7.

Além da reprovação geral, o IDEB mostra que o Brasil é dividido pela desigualdade na educação dos filhos dos pobres e dos filhos das classes médias e altas.

Na mesma semana, o Jornal Nacional da Rede Globo mostrou a situação de nossas escolas, passando a sensação de que assistíamos a notícias de um terremoto, que está a devastar nosso futuro.
Outro programa, o “CQC”, da Rede Band, mostrou escolas em uma cidade do Piauí, certamente piores do que as piores do Mundo. Foi possível ver o futuro. E não pareceu bonito.

Apesar disso, o MEC comemorou os resultados e ainda divulgou nota à imprensa, no dia 14 de agosto, dizendo que “O Brasil tem motivos a comemorar”.

O Ministro está no cargo há apenas oito meses e não tem culpa por este desempenho, mas deveria reconhecer a tragédia, a vergonha e convencer a presidenta da República a fazer pela educação o esforço que vem fazendo na economia.

A presidenta precisa entender a gravidade da falta de infraestrutura educacional, ainda maior do que foi a falta de infraestrutura física, e convocar todo o País a se empenhar por uma urgente Revolução na Educação de Base.

Enquanto o Brasil traça meta para o IDEB alcançar a nota 6,0, em 2021, a China está programando voo tripulado à Lua, antes de 2020.
Análise mais cuidadosa mostra que, na média, as escolas públicas federais se saem melhor do que as particulares. A melhor nota, 8,6, foi obtida por duas escolas particulares: Escola Santa Rita de Cássia e Escola Carmélia Dramis Malaguti conseguiram o primeiro lugar com nota 8,6. Logo em seguida uma pública federal; o Colégio de Aplicação da UFPE teve nota 8,1; e a média das públicas federais do Ensino Fundamental (6,3) foi superior a das escolas particulares (6,0).
Isso mostra que o caminho para fazer a revolução educacional que o Brasil precisa passa pela ampliação da presença federal na Educação Básica. A Federalização exige um Ministério para cuidar apenas da Educação Básica; a implantação de uma Carreira Federal para os professores; e a responsabilidade da União sobre a qualidade de cada escola, todas em horário integral. Isso pode ser feito por cidade, chegando a todo o Brasil no prazo de 20 anos.
Isto pode ser feito. Até porque o futuro tem a cara de sua escola no presente. E a cara de nossas escolas mostra um futuro reprovado.
Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF

30 de agosto de 2012

Não foi acidente




CAMPANHA NÃO FOI ACIDENTE

Descrição


No dia 17/09/2011, eu, Rafael Baltresca, perdi de uma só vez, minha mãe e irmã (Miriam A. J. Baltresca, 58 anos e Bruna Baltresca, 28 anos), em um acidente de trânsito. Não foi um acidente qualquer. O atropelador estava alcoolizado, trafegava em velocidade superior a 140 km/h e se recusou a fazer o teste do bafômetro. O assassino já está em casa e nem fiança teve que pagar.Depois deste acontecim

ento, cansei de contar os casos de acidentes fatais envolvendo álcool e direção, atingindo outras famílias. Segundo pesquisas, são mais 3.000 mortes por mês em incidentes de transportes. Dessas 3.000, 40% fica por conta de embriaguez ao volante.

Cansado de ver tantas e tantas mortes, iniciei no dia 15/10/2011 a campanha “Não Foi Acidente” para coletar assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular objetivando alterar a legislação de trânsito brasileira, que hoje é tão branda para os que bebem, dirigem e matam. O projeto cresceu e, em menos de 3 meses de trabalho, juntamos quase 200.000 assinaturas e muita gente do bem.

Somente com a mobilização intensa da população, mudaremos algo, pois, é nítido o descaso das autoridades quando o assunto é embriaguez ao volante.



Essa é a descrição da página do Facebook da campanha "Não foi acidente".
A causa é boa e válida, por isso a compartilho no blog.
Mais detalhes e o campo para a assinatura no site: http://www.naofoiacidente.com.br/blog/
Eu já assinei e você???

Natassia


18 de agosto de 2012

Nossa dor não advém das coisas vividas


Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...

Carlos Drumond de Andrade


15 de agosto de 2012

Dia dos solteiros




Existe Dia dos Namorados, Dia da Amante… mas sabia que existe Dia do Solteiro? Não? Pois existe sim, 15 de agosto é oficialmente o dia para quem está sem namorada(o) aproveitar sua solteirice: afinal, estar solteiro(a) não significa estar sozinho, certo?
Ok, ok, estar com alguém é gostoso mas, como tudo na vida, tem seus prós e contras. Ao mesmo tempo que você não tem aquela pessoa especial ligando todos os dias, a liberdade de ir e vir sem ter que dar satisfação compensa. O solteiro pode conhecer pessoas, experimentar novos conceitos e explorar lugares sem peso na consciência. Até encontrar alguém e passar a ficar acompanhado.
Sem dúvidas o Dia dos Solteiros não é tão famoso quanto as demais datas comemorativas. Isso acontece simplesmente porque não é um dia muito comercial, pois o solteiro não precisa gastar dinheiro comprando lembrancinhas, presentes, cartões e bombons para agradar alguém. Mas, que tal presentear a si mesmo? A pessoa mais importante de sua vida tem que ser você!

Por: Isabelle Lindote

Eu não sabia! E como Eu, sei que muita gente também não sabe.
Viva nós…

Fonte: Xapopila

13 de agosto de 2012

Dia do Canhoto



Para uma parte das pessoas, escolher qual mão estender para cumprimentar alguém não é automático. Ao contrário dos destros, que são 90% da população mundial, os canhotos - os 10% restantes - diariamente se adaptam a um mundo (e a tesouras e abridores de latas) que não foi feito exatamente para eles e precisam oferecer a mão direita ao invés da esquerda, pois essa é a convenção social. 
Para lembrar dessas pequenas dificuldades diárias, a Left-Handers Internacional(uma associação de canhotos em Topeka, nos Estados Unidos, hoje já extinta) instituiu, na década de 70, o dia Internacional dos Canhotos em 13 de agosto.
O porquê da escolha do dia não se sabe ao certo. Mas a data é por si só sinistra (outra palavra usada para designar um canhoto e que significa funesto pernicioso, segundo o dicionário), já que 13 sempre foi considerado número de azar e agosto é o mês oficial do mau-agouro.
Isso sinaliza um pouco dos problemas que canhotos tiveram no passado e ainda têm em algumas culturas.
A causa do canhotismo ainda é desconhecida, mas há várias teorias a esse respeito. Algumas, inclusive, sendo estudadas por pesquisadores dentro das universidades brasileiras.
De forma geral, no canhoto, as funções motoras são comandadas pelo lado direito do cérebro. E só isso é consenso entre pesquisadores.
A partir daí há teorias que dizem que o cérebro direito comanda a criatividade,emoções intuição e que, portanto, as pessoas canhotas seriam mais sensíveis e ligadas a manifestações artísticas. Nada comprovado, diga-se de passagem.

Fonte: Variedades MA 

12 de agosto de 2012

100 anos de Jorge Amado



O escritor Jorge Amado completaria 100 anos no dia 10/08. A data também lembra a colossal obra do baiano, que se mantém viva e atual até hoje.

HÁ CEM ANOS NASCIA JORGE AMADO

Jorge Amado escreveu mais de 30 romances, traduzidos para 49 idiomas. Foi militante comunista até se afastar da ideologia devido às atrocidades stalinistas, porém manteve em sua obra a crítica a desigualdades sociais. Seus livros foram censurados, banidos e até queimados nas ruas e depois aclamados nas salas de aula e na Academia Brasileira de Letras, onde Amado ingressou em 1961.

O escritor colocou em primeiro plano personagens femininas fortes, sensuais e contestadoras. Trouxe uma literatura sensorial - repleta de cheiros e sabores - aliada a um olhar afiado para os costumes regionais. A força de sua obra extrapolou a literatura para se tornarem alguns dos maiores sucessos da cinema e teledramaturgia nacional.

Ele exacerbou em sua obra a miscigenação e o sincretismo religioso, o que ajudou para que em 1959 recebesse um dos mais altos títulos do candomblé. Apesar das inúmeras premiações que recebeu, Jorge Amado dizia que se orgulhava mais das do candomblé.

Foto 4 de 10 - Dez livros para entender Jorge Amado Arte/UOL

A Companhia das Letras começou a publicar as obras de Jorge Amado em 2009 e já lançou quase 40 títulos do autor. “Capitães de Areia” acabou se tornando um dos cinco livros mais vendidos da editora, ultrapassando a marca dos 600 mil exemplares.

A editora planeja mais dois lançamentos ainda para agosto deste ano. “Bahia de Todos os Santos” é uma espécie de guia de Salvador pelos olhos de Amado. Escrito originalmente em 1944, ele foi sendo atualizado ao longo dos anos conforme a cidade se modificava até uma última versão em 1986. Já “Toda a Saudade do Mundo” reúne correspondências entre Amado e sua esposa, a escritora Zélia Gattai.
“Humilde e humano”

Se o escritor deixa saudade em milhões impactados por sua obra, quem mais sente falta são os amigos, como o ator e amigo de Jorge Amado Cláudio Cavalcanti, que viveu João Magalhães na adaptação de 1981 de “Terras do Sem-Fim”.

“Como todo homem da minha geração, a paixão com Jorge Amado começou com ‘Capitães da Areia’. Depois li quase todos os livros dele”, disse Cavalcanti ao UOL. “Depois tive o prazer de me tornar amigo dele. Ele era ao mesmo tempo de uma enorme humildade e de uma enorme humanidade”, completou Cavalcanti.

Fonte: UOL Entretenimento

8 de agosto de 2012

Temas transversais na Escola Básica




Os temas transversais são constituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) e compreendem seis áreas: Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo: Matriz da sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente Transmissíveis) , Meio Ambiente (Os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental) , Saúde (autocuidado, vida coletiva), Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil, constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser Humano como agente social e produtor de cultura, Pluralidade Cultural e Cidadania) e Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente e Saúde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas; Direitos Humanos, Cidadania). Podemos também trabalhar temas locais como: Trabalho , Orientação para o Trânsito, etc.

Os temas transversais expressam conceitos e valores básicos à democracia e à cidadania e obedecem a questões importantes e urgentes para a sociedade contemporânea. A ética, o meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade cultural não são disciplinas autônomas, mas temas que permeiam todas as áreas do conhecimento, eestão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano. 

Os Temas Transversais caracterizam-se por um conjunto de assuntos que aparecem transversalizados em áreas determinadas do currículo, que se constituem na necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na escola.Alguns critérios utilizados para a sua constituição se relacionam à urgência social ,a abrangência nacional, à possibilidade de ensino e aprendizagem na Educação Básica e no favorecimento à compreensão do ensino/aprendizagem, assim como da realidade e da participação social. São temas que envolvem um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, preocupando-se também em interferir na realidade para transformá-la.
Os temas transversais atuam como eixo unificador, em torno do qual organizam-se as disciplinas, devendo ser trabalhados de modo coordenado e não como um assunto descontextualizado nas aulas. O que importa é que os alunos possam construir significados e conferir sentido àquilo que aprendem. Quando enfocamos o tema transversal Trabalho e Consumo, poderemos enfatizar a informação das relações de trabalho em várias épocas e a sua dimensão histórica, assim como comparar diversas modalidades de trabalho, como o comunitário, a escravidão, a exploração, o trabalho livre, o assalariado. Poderemos também analisar a influência da publicidade na vida das pessoas, enfocando a Industria Cultural. Refletir como a propaganda dissemina atitudes de vida, padrões de beleza e condutas que manifestam valores e expectativas. Analisar criticamente o anseio de consumo e a autêntica necessidade de adquirir produtos e serviços.

O papel da escola ao trabalhar Temas transversais é facilitar, fomentar e integrar as ações de modo contextualizado, através da interdisciplinaridade e transversalidade, buscando não fragmentar em blocos rígidos os conhecimentos, para que a Educação realmente constitua o meio de transformação social. 

Referências: PCN

Amélia Hamze
Profª FEB/CETEC
FISO/ISEB-Barretos
ahamze@uol.com.br