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9 de julho de 2013

Por que dia 9 de julho é feriado em São Paulo?




Quem mora no Estado de São Paulo já começou a contagem regressiva: na próxima terça-feira, dia 9 de julho, é feriado. Mas você sabe o porquê?

O recesso foi criado em 1997, mas até hoje tem muita gente que ainda não sabe o motivo. O curioso é que no aniversário de 16 anos de existência desse feriado, sua memória nunca esteve tão viva. O dia 9 de julho é uma data que relembra um levante da população paulista contra o governo – a Revolução Constitucionalista de 1932 –, parecido com a onda recente de manifestações, que, coincidentemente, também teve em São Paulo uma de suas principais origens.

O ano era 1932 e fazia dois anos que Getúlio Vargas havia assumido a presidência da República, após um episódio que ficou conhecido como Revolução de 30. Ela colocou fim à República Velha e, apesar de ter entrado para a história com o nome de "Revolução", consistiu, na verdade, em um golpe de Estado.

Getúlio perdeu as eleições de 1930 para Julio Prestes, candidato indicado pelo governo paulista. Durante toda a República Velha imperou a famosa política do café com leite, em que Minas Gerais e São Paulo se alternavam na indicação de candidatos à presidência da República. Essa prática, entretanto, acabara de ser rompida, quando o então presidente Washington Luís, indicado por SP, recusou-se a indicar um candidato mineiro.

Getúlio não se conformou com a derrota eleitoral e, apoiado principalmente pelos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, começou a estruturar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito. Com apoio militar, o objetivo foi conquistado e Getúlio assumiu a presidência, dando início a um Governo Provisório.

Deste modo, o então presidente suspendeu a Constituição e nomeou interventores em todos os estados e dissolveu o congresso nacional, os congressos estaduais (câmaras e senados estaduais) e as câmaras municipais. Para São Paulo, o primeiro designado foi o tenente João Alberto Lins de Barros, seguido de uma série de sucessores que não agradavam a oligarquia paulista.

Em 1932 a irritação dos paulistas com Getúlio Vargas não cedeu com a nomeação do paulista Pedro Manuel de Toledo como interventor do estado, pois, devido à interferência constante dos tenentes, ele não conseguia autonomia para governar.

A primeira grande manifestação foi um megacomício na Praça da Sé, no dia do aniversário de São Paulo, em 25 de janeiro de 1932, com um público estimado em 200.000 pessoas. Em maio de 1932, ocorreram vários comícios constitucionalistas.

O Partido Republicano Paulista e o Partido Democrático de São Paulo, que antes apoiavam a Revolução de 1930, uniram-se, em fevereiro, na Frente Única para exigir o fim do "Governo Provisório" e uma nova Constituição. Assim, São Paulo inteiro estava contra Getúlio.

A gota d'água foi o assassinato de quatro estudantes paulistas por partidários de Getúlio. O episódio entrou para história como M.M.D.C., as iniciais dos nomes dos jovens mortos: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. A data do crime, 23 de maio de 1932, marcou o início de uma série de protestos. No dia 9 de julho, as manifestações incorporaram uma nova causa: a redemocratização através da elaboração de uma nova Constituição. Iniciava-se a Revolução Constitucionalista de 1932, nome oficial do feriado da próxima terça-feira.

Apesar de o Governo Provisório getulista insistir que a mobilização paulista era desnecessária, uma vez que já havia novas eleições marcadas, muitos historiadores acreditam que elas não teriam se concretizado sem os protestos. Mais de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados de Vargas. Cerca de 890 pessoas morreram nos combates, que duraram até 2 de outubro de 1932, quando os revolucionários foram derrotados pelas tropas do governo.

Entretanto, várias conquistas democráticas posteriores são creditadas às manifestações paulistas. Em 1933, o povo elegeu uma Assembleia Nacional Constituinte para a elaboração da nova Constituição que entrou em vigência em 1934. Além disso, essas foram as primeiras eleições nacionais em que as mulheres puderam votar e também em que o voto foi secreto.

Assim como na onda de manifestações que vivemos hoje, é muita ingenuidade achar que todos esses episódios da década de 30 não foram influenciados por interesses questionáveis de ambos os lados. É importante lembrar que a insatisfação paulista teve um estopim claro: o fim da política do café com leite, que vinha beneficiando o Estado até então.

O feriado de 9 de julho tem a cara do Brasil e deve servir para mostrar que as mobilizações populares, embora alcancem algumas conquistas, podem ser usadas também por outros interesses. Mas, ainda assim, isso não pode ser motivo para desmerecer ou desacreditar na força que o povo tem para promover mudanças políticas.


Fonte: Yahoo Notícias 04/07/13

8 de julho de 2013

Como usar as redes sociais a favor da aprendizagem



A seguir, listamos cinco formas de usar as redes sociais como aliada da aprendizagem e alguns cuidados a serem tomados:

  1. Faça a mediação de grupos de estudo
Convidar os alunos de séries diferentes para participarem de grupos de estudo nas redes - separados por turma ou por escolas em que você dá aulas -, pode ajudá-lo a diagnosticar as dúvidas e os assuntos de interesse dos estudantes que podem ser trabalhados em sala de aula, de acordo com os conteúdos curriculares já planejados para cada série. Os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut podem ser concebidos como espaços de troca de informações entre professor e estudantes, mas lembre-se: você é o mediador das discussões propostas e tem o papel de orientar os alunos. Todos os participantes do grupo podem fazer uso do espaço para indicar links interessantes ou páginas de instituições que podem ajudar em seus estudos. "A colaboração entre os alunos proporciona o aprendizado fora de sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento" explica Spiess.

 2. Disponibilize conteúdos extras para os alunos
As redes sociais são bons espaços para compartilhar com os alunos materiais multimídia, notícias de jornais e revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes ou de peças de teatro que envolvam assuntos trabalhados em sala, de maneira complementar. "Os alunos passam muitas horas nas redes sociais, por isso, é mais fácil eles pararem para ver conteúdos compartilhados pelo professor no ambiente virtual", diz Spiess. Esses recursos de apoio podem ser disponibilizados para os alunos nos grupos ou nos perfis sociais, mas não devem estar disponíveis apenas no Facebook ou no Orkut, porque alguns estudantes podem não fazer parte de nenhuma dessas redes. Para compartilhar materiais de apoio e exercícios sobre os conteúdos trabalhados em sala, é melhor utilizar espaços virtuais mais adequados, como a intranet da escola, o blog da turma ou do próprio professor.

 3. Promova discussões e compartilhe bons exemplos 
Aproveitar o tempo que os alunos passam na internet para promover debates interessantes sobre temas do cotidiano ajuda os alunos a desenvolverem o senso crítico e incentiva os mais tímidos a manifestarem suas opiniões. Instigue os estudantes a se manifestarem, propondo perguntas com base em notícias vistas nas redes, por exemplo. Essa pode ser uma boa forma de mantê-los em dia com as atualidades, sempre cobradas nos vestibulares.

 4. Elabore um calendário de eventos
No Facebook, por meio de ferramentas como "Meu Calendário" e "Eventos", você pode recomendar à sua turma uma visita a uma exposição, a ida a uma peça de teatro ou ao cinema. Esses calendários das redes sociais também são utilizados para lembrar os alunos sobre as entregas de trabalhos e datas de avalições. Porém, vale lembrar: eles não podem ser a única fonte de informação sobre os eventos que acontecem na escola, em dias letivos.

 5. Organize um chat para tirar dúvidas
Com alguns dias de antecedência, combine um horário com os alunos para tirar dúvidas sobre os conteúdos ministrados em sala de aula. Você pode usar os chats do Facebook, do Google Talk, do MSN ou até mesmo organizar uma Twitcam para conversar com a turma - mas essa não pode ser a única forma de auxiliá-los nas questões que ainda não compreenderam. A grande vantagem de fazer um chat para tirar dúvidas online é a facilidade de reunir os alunos em um mesmo lugar sem que haja a necessidade do deslocamento físico. "Assim que o tira dúvidas acaba, os alunos já podem voltar a estudar o conteúdo que estava sendo trabalhado", explica Spiess. Cuidados a serem tomados nas redes - Estabeleça previamente as regras do jogo Nos grupos abertos na internet, não se costuma publicar um documento oficial com regras a serem seguidas pelos participantes. Este "código de conduta" geralmente é colocado na descrição dos próprios grupos. "Conforme as interações forem acontecendo, as regras podem ser alteradas", diz Spiess. "Além disso, começam a surgir lideranças dentro dos próprios grupos, que colaboram com os professores na gestão das comunidades". Com o tempo, os próprios usuários vão condenar os comportamentos que considerarem inadequados, como alunos que fazem comentários que não são relativos ao que está sendo discutidos ou spams.

 - Não exclua os alunos que estão fora das redes sociais
Os conteúdos obrigatórios - como os exercícios que serão trabalhados em sala e alguns textos da bibliografia da disciplina - não podem estar apenas nas redes sociais (até mesmo porque legalmente, apenas pessoas com mais de 18 anos podem ter perfis na maioria das redes). "Os alunos que passam muito tempo conectados podem se utilizar desse álibi para convencer seus pais de que estão nas redes sociais porque seu professor pediu", alerta Betina. A mesma regra vale para as aulas de reforço. A melhor solução para esses casos é o professor fazer um blog e disponibilizar os materiais didáticos nele ou ainda publicá-los na intranet da escola para os alunos conseguirem acessar o conteúdo recomendado por meio de uma fonte oficial. Com relação aos pais, vale comunicá-los sobre a ação nas redes sociais durante as reuniões e apresentar o tipo de interação proposta com a turma.

Fonte: Revista Nova Escola - Jul 2013

6 de julho de 2013

Saramandaia



No começo da década de 70 do século passado, o município gaúcho de Não-Me-Toque mudou de nome. Inconformada com as brincadeiras constantes das cidades vizinhas, parte da população se organizou num movimento que conseguiu rebatizar o lugar de Campo Real.

Este episódio verídico serviu de ponto de partida para Dias Gomes escrever "Saramandaia", novela que marcou época na Globo em 1976. A outra inspiração era o realismo mágico, estilo literário que fazia furor na América Latina e que tinha seu maior expoente em Gabriel Garcia Márquez.

Eram tempos de ditadura e marcação cerrada da censura sobre os meios de comunicação. Dias Gomes, comunista confesso, era um dos alvos prediletos das tesouras. No ano anterior, sua novela "Roque Santeiro" foi totalmente impedida de ir ao ar, já com dezenas de capítulos gravados (só "ressuscitou" em 1985, quando o regime militar agonizava).

"Saramandaia" foi uma espécie de vingança do autor. Tudo o que era explicitamente politico em "Roque Santeiro" virou metáfora. Nem assim os censores deram trégua: muitas cenas eram cortadas, só para passarem incólumes alguns capítulos adiantes. Os critérios da repressão eram mesmo confusos.


Autor: Prof. Dr. Antonio Walter Júnior

3 Dicas da Ciência Para Esquecer um Amor

Perder um amor dói. E não é pouco. Dizem que machuca tanto quanto uma surra – e pode até acabar com a sua vida. Um coração machucado até rende bons livros e canções, é verdade, mas se você é do time que prefere se livrar logo das amarguras da vida aproveita essas três dicas da ciência.


1. Trate como droga
Ele age como a cocaína, numa região do cérebro conhecida como núcleo accumbens. É aí que fica a zona de recompensa, que te faz sentir prazer. E é esta a sensação que causa vício. Exatamente como acontece com a cocaína. A antropóloga e especialista em amor Helen Fisher trabalhou durante anos com imagens de cérebros. E percebeu que, sim, o amor desperta as mesmas áreas que a cocaína ou cigarro – e por isso pode viciar tanto quanto ela. Portanto, deve ser tratado como tal. A recomendação de Fisher é que você jogue fora (ou esconda) tudo que te faz lembrar seu ex-amor: e-mails, fotos, cartões. “Não converse ou fuce no Facebook dele(a). Se você está tentando cortar o álcool, você não deixa um uísque na sua mesa”, diz. Aliás, já dissemos por aqui que excluir ex do Facebook ajuda a superar o término, lembra?

2. Como cortar a obsessão
Tá, mas deixar de pensar na pessoa não é assim tão fácil, certo? Bem, o psicólogo Robert Stemberg, da Universidade do Estado de Oklahoma, dá quatro dicas para manter o pensamento longe do perigo: lembre-se das características negativas dele (a) e nunca esqueça que relacionamentos só funcionam quando os dois querem, aposte num novo amor (mesmo que ele seja temporário) e mantenha-se ocupado.

3. Deixe o tempo curar
Essa é a mais óbvia, mas quando a gente tá nessas parece que não vai passar nunca, não é? Pois bem, passa. Palavra da ciência. Nas imagens cerebrais analisadas por Helen Fisher, ela percebeu que o pessoal que havia levado um pé na bunda, depois de algum tempo, apresentava uma atividade menor numa área chamada palladium ventral, região associada à sensação de apego. E ela ainda acrescenta outras dicas para compensar a ausência do ex: receba muitos abraços dos amigos (serve para aumentar os níveis de ocitocina, hormônio que te deixa mais relaxado) e faça exercícios físicos (vai aumentar a taxa de dopamina no cérebro).

Fonte: Blog Le Republica